segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ALIANÇAS DE SANGUE

“Quem mata um boi é como o que tira a vida a um homem; quem sacrifica um cordeiro é como o que degola um cão; quem oferece uma oblação é como o que oferece sangue de porco; quem queima incenso em memorial é como o que bendiz a um ídolo; também estes escolhem os seus próprios caminhos, e a sua alma se deleita nas suas abominações.” (Isaías 66:3)

 
Para entender como funcionam as alianças, se faz necessário uma compreensão quanto à quarta dimensão.  Nela os seres possuem autoridade para intervir diretamente no todo, desde que haja vínculo sanguíneo entre eles. O plano espiritual é o que Paulo chamou de “regiões celestiais” [1], onde a guerra é constante.

Seres humanos são formados por corpo, alma e espírito. Tudo que ocorre no plano físico é conseqüência do espiritual. E não o contrário. Neste plano o que predomina são as palavras proferidas e os acordos feitos conscientemente, onde uma única moeda é aceita desde o princípio da criação: o sangue.

Se observarmos no livro de Gênesis, veremos dois casos claros onde Adão e Eva matam um animal para utilizar sua pele para esconder sua nudez (ou vergonha) e mais tarde seu filho Caim mata o irmão Abel por inveja. Nos dois casos, o sangue estava presente. Durante a libertação do povo hebreu da escravatura egípcia, para que Faraó pudesse liberá-los, um dos sinais mais marcantes foi a morte de todo primogênito que não tivesse sobre a soleira da casa o sangue de um cordeiro aspergido. Outros exemplos seguem no decorrer na história bíblica, até culminar no derramamento do sangue de Cristo durante sua tortura e morte. Por isso se costuma dizer que a morte de Cristo dá ao homem a graça do arrependimento de seus pecados e a reconstrução de sua vida.

Desde a queda do homem, a quarta dimensão era dominada pelos principados e potestades malignos que possuíam poder de intervir na história humana a fim de impedir a vinda do Messias a terra. Mas os planos de Deus se concretizaram e seu Filho sobreviveu a todos os riscos e concluiu o plano salvítico, derramando seu sangue em favor de muitos. Com sua morte e ressurreição, Cristo tomou posse de todo o poder existente em todas as dimensões existentes. Ele é supremo.

A primeira aliança sanguínea que nos submetemos é a do nascimento, durante a gestação e o parto. Pai e mãe geram outro ser, e durante a gestação, todas as palavras proferidas ao feto já têm peso de bênção ou maldição. Isso torna-se constante durante toda a vida do indivíduo. Os pais têm o poder de gerar nos filhos os frutos de suas palavras, através da autoridade espiritual dada pelo sangue que os liga. Se declararem maldição, o sangue dá autorização – ou brecha – para que a entidade espiritual que possui aquela característica passe a atormentar a vida do filho.

Já na fase adulta, o indivíduo decide se casar. Gera-se então mais uma aliança de sangue: a sexual. Vale observar que neste caso o pacto tem grandes proporções, pois toda a história de um liga-se ao outro, logo, toda a influência que um possui passa a dominar a vida do outro na mesma intensidade. Esta aliança ocorre com todas as pessoas com as quais se relaciona, seja por uma noite, seja por uma vida. Paulo nos aconselha a não nos relacionarmos com pessoas de julgo desigual[2] já que neste caso uma pessoa sadia espiritualmente seria atormentada pela influência maligna que seu parceiro possui. No entanto, para os casados onde um dos dois torna-se cristão após a união, a Palavra afirma que o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido.[3] Isso ocorre pela presença do Espírito Santo num que termina por santificar o outro através da própria aliança. Fora do casamento, o sexo é considerado impuro, pois os pactos são feitos de forma desordenada, sem a bênção do Senhor. Brechas são abertas e toda sorte de impureza passa a ter acesso à vida espiritual e, posteriormente, à física de quem a pratica.
   
As tatuagens e os tratamentos como acupuntura também precisam ser considerados pactos. No primeiro caso, durante a impressão das “tatoos” , a pessoa verte sangue enquanto o desenho é fixado sobre a pele. Quem está fazendo o trabalho possui uma influência espiritual (todo ser humano tem), e no momento em que o sangramento é provocado para traçar muitas vezes imagens pagãs, o pacto é consumado. O próprio Deus pede no livro de Levítico que “pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o Senhor". [4]
        
Já no caso da acupuntura, não se trata apenas do sangue, mas dos conhecidos xacras[5], que são a porta de entrada da alma. O corpo humano possui vários canais e justamente nestes pontos é que são feitas as aplicações das agulhas. Aquilo que domina o profissional que está aplicando a “terapia” passa a influenciar a vida de quem recebe o tratamento.
        
Em algumas seitas e irmandades a prática de libação persiste. O sacrifício de Jesus nestes casos é completamente ignorado. A palavra diz que Cristo foi nosso Sumo Sacerdote, e ao invés de oferecer um sacrifício pelos pecados da humanidade, que Ele mesmo fez-se o sacrifício, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
        
O sangue derramado voluntariamente pelo Filho unigênito de Deus nos dá acesso ao Seu trono, a graça de reconstruirmos o caminho, tendo como exemplo o próprio Jesus. Seu sacrifício purifica a todos que verdadeiramente se arrependem de suas más ações e buscam uma mudança interior. Aquele que crê e pratica o cristianismo está livre de todo e qualquer pacto feito anteriormente.
        
E se antes a quarta dimensão era dominada pelo maligno e suas hostes, hoje todo o domínio, majestade e poder estão nas mãos do Messias ressurreto. Seu sangue dá ao homem convertido livre acesso e total autoridade sobre sua vida. A consciência do poder da bênção e da maldição estão no falar e no agir é a prova que somos sensíveis à voz do Senhor, e que isso nos torna imagem e semelhança daquele que nos criou.

De maneira prática: Não devemos lançar palavras de maldição sobre nossos filhos e pais. Tudo que é proferido tem peso e liberdade para agir de acordo com o dito.

O sangue de Cristo nos liberta de todo e qualquer pacto feito anteriormente ao conhecimento de Sua graça. Esse foi o preço pago pela liberdade que hoje desfrutamos.

Basta crermos.


[1] Efésios 6:12
[2] II Cor  6:14
[3] I Cor 7:14 - A
[4] Lev 19:28
[5] Xacras são canais dentro do corpo humano por onde circula a energia vital que nutre órgãos e sistemas. O mais conhecido fica entre os olhos, acima do nariz.

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